O Festival Porão do Rock surgiu a partir de uma realização conjunta de produtores (For Rock Promoções e G4 produções) e 15 bandas de Brasília. Sediado na comercial da quadra 207 Norte, no Plano Piloto de Brasília, o local conhecido como Porão do Rock abriga várias salas de ensaio para bandas, onde, desde 1994, interagem artistas de vários estilos. Na medida em que crescia a presença de músicos no espaço, era inevitável que a troca de ideias fossem dar origem a algo maior e mais representativo. Assim, nasceu o Festival Porão do Rock, atualmente, sob a produção executiva da ONG Porão do Rock.
O Festival Porão do Rock é o maior festival independente de rock do Brasil segundo a crítica especializada. Realizado há 13 anos consecutivos em Brasília/DF, o Festival Porão do Rock não é apenas um evento artístico musical. É caracterizado como um movimento sociocultural, criado para desenvolver a cena musical independente, partindo de Brasília, capital brasileira do rock, criando estratégias para gerar as condições profissionais e de desenvolvimento de toda a cadeia produtiva da música independente e de revelação de novas bandas e artistas.
O Festival Porão do Rock reúne grandes bandas do cenário local, nacional e internacional, ao lado de bandas independentes representantes das principais cenas do Brasil, estimula ainda a sustentabilidade de projetos sociais conexos, por meio de parcerias com instituições e produtores de outras localidades. Além disso, o Festival Porão do Rock faz parte do Calendário Oficial de eventos da cidade de Brasília com a aprovação da Lei nº. 3.844, de 13 de Abril de 2006, sancionada pelo governo do Distrito Federal.
O Festival Porão do Rock, em 13 anos, já foi assistido por mais de 750 mil pessoas, com o total de 317 atrações diferentes, sendo: 175 do Distrito Federal e entorno, 20 nomes internacionais (Estados Unidos, Inglaterra, França, Espanha, Portugal, Suécia, Finlândia, Argentina e Uruguai) e 117 de todas as regiões do Brasil.
Entre as principais atrações que já tocaram no Festival Porão do Rock, estão: Muse (Inglaterra), Eagles Of Death Metal (EUA), Suicidal Tendencies (EUA), The Bellrays (EUA), Mudhoney (EUA), The Hives (Suécia), Nightwish (Finlândia), Super Suckers (EUA), She Wants Revenge (EUA), Papier Tigre (França), Born a Lion (Portugal), Kill Karma (Espanha), The Right Ons (Espanha), Los Natas (Argentina), Satan Dealers (Argentina), The Tandooris (Argentina), The Supersónicos (Uruguai), El Mato a Un Policia Motorizado (Argentina), Los Primitivos (Argentina), Os Paralamas do Sucesso, Barão Vermelho, Titãs, O Rappa, Pitty, Marcelo D2, Sepultura, CPM 22, Los Hermanos, Dead Fish, Raimundos, Rumbora, Plebe Rude, Lobão, Pato Fu, Korzus, Shaaman, Krisiun, Dr. Sin, Massacration, Almah, Ratos de Porão, Pavilhão 9, Mukeka di Rato, Mundo Livre S/A, Nação Zumbi, Skank, Natiruts, Maskavo Roots, Supla, Autoramas, Cachorro Grande, Detonautas, Móveis Coloniais de Acaju e muito mais.
Pitty
"Ter tocado no Porão no começo deste meu novo projeto foi não só importante como emocionante. Claro, desde muito tempo antes, eu já conhecia o festival através dos contatos que tinha na cena por conta da minha primeira banda, Inkoma. Tocar ali, era sinônimo de moral para qualquer banda independente, bem como uma bela vitrine. Os line ups eram bons, estrutura idem. Quando soube que iria finalmente tocar lá - e no palco principal - fiquei eufórica e animada, disposta a fazer o melhor show da minha vida. É uma plateia exigente e que conhece música, além das baboseiras que estão na moda ou somente na mídia, e eu sabia disso. Ano passado, tocamos novamente e, dessa vez, junto com o Muse, banda que absolutamente adoro e foi uma das noites mais especiais da minha carreira."
Frejat - Barão Vermelho
"O Porão do Rock é um evento que faz parte do circuito de renovação da cena musical brasileira formado por alguns festivais regulares fora do eixo Rio-São Paulo. Exercendo esse papel, ele tem uma importância tão grande ou maior do que os grandes espaços brasilienses que recebem os nomes consagrados da nossa música em Brasília, porque se estes sustentam o prestígio e a continuidade dos artistas já merecidamente reconhecidos, o Porão, por sua vez, promove e estimula a renovação da cena musical em nível local e nacional sugerindo novos talentos e possibilidades futuras. Estive como membro do Barão Vermelho realizando o show final da noite de uma de suas edições e todos nós do grupo sabíamos claramente que a nossa presença ali era a nossa forma de avalizar esse tipo de iniciativa tão saudável para a nossa música."
Philippe Seabra - Plebe Rude
"Se o rock de Brasília dos anos 80 colocou Brasília no mapa musical, o Porão do Rock fincou a bandeira, consolidando de vez a cidade como a Capital do Rock."
"O Porão do Rock é a cara de Brasília. Acabei de fazer uma longa e prazerosa viagem pela história do Rock candango ao ler o livro do Carlos Marcelo, "Renato Russo - O filho da Revolução". Fiquei ainda mais fascinado ao perceber e entender melhor a perspectiva histórica, sociológica e cultural que deu à Brasília o apelido de Capital Brasileira do Rock".
Silvestre Gorgulho (Ex-Secretário de Estado e Cultura do DF)
"Desde 2004, a Secretaria Nacional de Economia Solidária do Ministério do Trabalho e Emprego vem contribuindo no debate e na afirmação de um circuito independente de música através do apoio aos festivais de música independente e na construção de relações de trabalho mais solidárias entre os elos desta cadeia produtiva. A criação da ABRAFIN – Associação Brasileira de Festivais de Música Independente foi um importante passo para essa consolidação e a presença, como uma das lideranças deste cenário, do Festival Porão do Rock, o maior e mais importante da música independente nacional, com suas 12 edições realizadas, fortalece e legitima esse movimento."
Dione Soares Manetti (Ex-Diretor de Fomento à Economia Solidária, SENAES - MTE)
"O Porão do Rock é um festival que marca a cena musical do país, numa capital que deu uma enorme contribuição para a evolução e contemporaneidade do rock nacional. A continuidade do "porão" diz respeito ao futuro do rock brasileiro e de sua fiel plateia de admiradores e fruidores."
Alfredo Manevy (Ex-Secretário Executivo do Ministério da Cultura)
"Essa incrível nacionalização da música independente no Brasil passa por Brasília e principalmente pelo Porão do Rock. Sua escalação variada e, sempre bem movimentada, com um vibrante público numeroso, foi um dos que ajudou a tirar o indie do porão, a despeito do próprio nome do festival. Ainda bem que existe no Brasil festivais como o Porão do Rock, que apesar da alma independente, chama quase tanta atenção aos grandes festivais endinheirados do país, sem dever nada em estrutura."
Lúcio Ribeiro (Jornalista e DJ, Folha de São Paulo, Programa Popload, Revista Capricho, Homem Vogue)
O Festival Porão do Rock é um dos pioneiros da era dos festivais independentes no Brasil. Em 1998, iniciou sua história e nunca mais parou, ajudando assim a construir o novo caminho da música independente brasileira, o circuito dos festivais independentes se tornou a grande vitrine da música independente nos últimos 10 anos, fazendo com que a qualidade, a genialidade e a competência finalmente se sobressaíse em relação aos padrões ultrapassados das gravadoras e ao famigerado jabá das rádios e televisões brasileiras. Associado a isso, o Porão do Rock também foi pioneiro nas questões sociais desenvolvendo, através da ONG Porão do Rock, diversas campanhas sócio-educativas ao longo de sua história.
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